terça-feira, 15 de setembro de 2009

Xô, Comunicação Interna

O artigo a seguir foi desenvolvido por Isolda Cremonine, para o site da Aberje ( http://www.aberje.com.br/novo/acoes_artigos_mais.asp?id=732). Ele retrata de forma muito simples, grande parte do conteúdo gerenciado ao longo deste ano na disciplina de Comunicação Interna (inicialmente com a Vivi Mansi, e agora com o Bruno).
O mais curioso a respeito desse texto é nos vermos, em algum momento, nas entrelinhas que a autora escreveu, seja como profissional de comunicação ou como um colaborador.
Quando li o artigo, pensei: "Onde está a motivação e o engajamento em tudo isso?". Em uma breve reflexão, percebi que a motivação e o engajamento estão presentes em todas as situações descritas pela Isolsa. Esses dois atributos não são ações de comunicação, mas sim, subsídios essenciais para o desenvolvimento de uma estrutura de comunicação sólida, transparente e eficaz, que atinja a todos os públicos, sejam eles veteranos, boomers, geração X ou geração Y. Nosso desafio é esmiuçar esses detalhes que, sem dúvida, farão toda a diferença.



Xô, Comunicação Interna

Sua empresa acredita que o funcionário desempenha papel fundamental para a criação, a busca e a concretização dos negócios? Acredita que o funcionário é um importante formador de opinião positiva sobre sua empresa?

Acredita que a Visão da empresa – englobando sua missão, valores e objetivos – precisa ser divulgada, assimilada e praticada constantemente pelo funcionário?

Acredita que ele precisa estar comprometido com os destinos da empresa? Que deve sentir, cada dia mais, orgulho em pertencer à organização?

Acredita que a retenção de talentos é uma busca incessante por parte da direção da empresa? Que o funcionário não deve permanecer na empresa “até arrumar coisa melhor”, mas lá permanecer por sentir-se valorizado e motivado?

Acredita que as empresas que visam a busca de sua perenidade, se pautam por ações que respeitam o capital e os acionistas, que se comprometem com a satisfação dos clientes e dos consumidores, que ressaltam sua aliança com os fornecedores, que destacam o compromisso com a sustentabilidade e, por conseqüência, com a qualidade de vida da comunidade, da sociedade e no planeta? Ah, então sua empresa desenvolve um amplo e vasto programa de comunicação interna, tornando o funcionário um insubstituível divulgador das ações que sua empresa realiza, dirigida a todos os públicos com as quais ela se relaciona.Não? Sua empresa entende que estas ações são pura perda de tempo, dinheiro jogado fora, um gasto absolutamente inútil?

Ah, ela entende que todas as crenças empresariais são importantes mas nem tanto, são apenas discursos a serem feitos em momentos críticos. Comunicação interna é mais um modismo que surge, que logo cederá lugar a outro.

Ela entende que dialogar com o funcionário, harmonizar as relações trabalhistas, posicionar-se de forma transparente perante questões delicadas são atitudes desnecessárias. Que o funcionário tem que apenas trabalhar, cumprir com suas obrigações, não ficar fazendo “rodinha” nos corredores ou nos refeitórios e obedecer as regras estabelecidas, concordando ou não com elas. Que com o funcionário o discurso é de mão única, ele não tem opinião e, mesmo que tivesse, não poderia expressá-la no ambiente empresarial.

Bem, se esta é a postura de sua empresa, então, realmente - xô, comunicação interna!

Por: Camila Hiratsuka

Um comentário:

  1. Este texto disse tudo que um dia eu pretendia dizer, vou salvar o link para a minha pasta de textos favoritos e também vou twittar agora mesmo.

    Bom demais.

    Mateus

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